Lição 8 - Quem são os meus irmãos?

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A história de Jesus

Quem são os meus irmãos?

MATEUS 12, ARC

v. 46 E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.

v. 47 E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.

v.48 Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?

v. 49 E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;

v.50 porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.

A história à lupa

Mateus 12:46-50 Honra teu pai e tua mãe.

O respeito pelos pais sempre foi algo importante na Bíblia Provérbios 6:20-22. Tal responsabilidade e privilégio fazem parte da Lei de Deus, sendo este o primeiro mandamento com uma promessa associada Êxodo 20:12; Efésios 6:2. Infelizmente, o desprezo por esta ordem seria um dos maus sinais do fimm do tempo 2 Timóteo 3:1-2. Jesus ensinou a importância da responsabilidade de honrar pai e mãe Marcos 7:10-13. Jesus demonstrava o amor que O ligava à Sua mãe e disso temos o mais sublime testemunho na cruz do Calvário João 19:26-27.

A história à lupa

Mateus 12:46-50 Favorecimento familiar.

As palavras de Jesus, afirmando que a Sua mãe e os Seus irmãos são os que fazem a vontade de Deus Mateus 12:48-50, não foram de desrespeito ou de ingratidão para com a Sua família. Significam, na sua essência, que, no Reino de Deus, ninguém tem acesso privilegiado às bênçãos da Sua presença. A aceção de pessoas é contrária à Sua vontade Tiago 2:9. Assim, o sexo, a raça, a língua, a religião, a condição sócio-económica, a instrução, a origem, as convicções políticas e ideológicas, ou mesmo as ligações de sangue, não podem prejudicar ou favorecer nenhum lho de Deus 1 Samuel 16:7. Por mais valiosos que sejam os laços terrestres, nada é mais forte aos olhos do Salvador do que os laços que nos ligam a Deus pela obediência à Sua perfeita vontade. São esses laços a Deus que podem conceder-nos a graça de vivermos pela eternidade com todos os que amamos.

Justiça e Pecado

Ninguém será salvo pela justiça de outro homem ou se perderá pela culpa do pecado que não cometeu Ezequiel 18:20. Cada um dará contas de si mesmo a Deus e receberá a recompensa de acordo com as suas obras Romanos 14:12; Mateus 16:27.

A história à lupa

Mateus 12:50 Família de Jesus

Todos nascemos como criaturas de Deus Marcos 16:15 e tornamo-nos lhos de quem obedecemos. Se aceitarmos Deus como Senhor e nos submetermos à Sua soberania, somos adotados como lhos de Deus. É para isso que somos chamados João 1:12; Gálatas 3:26; Efésios 1:5.

Mais do que uma história

A honra de pertencer à Família de Deus é estendida a todos sem distinção. No acesso ao Reino de Deus, não há lugar para cunhas, jeitos, amigos ou familiares melhor posicionados. Não há grupos privilegiados. A todos, em igualdade de circunstâncias, é estendido o convite e a graça Tito 2:11. Importa, contudo, compreender que esta verdade absoluta e inequívoca não significa que a porta da salvação esteja indiscriminadamente aberta e que Deus vai salvar o mundo inteiro, sejam quais forem as circunstâncias. Não é esse o ensino da Bíblia! O amor de Deus é oferecido e está disponível a todos João 3:16, mas “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus” Mateus 7:21. Porquê? Porque importa a quem obedecemos! Importam as escolhas que fazemos! A graça divina não elimina a Lei, dando ao Homem licença para pecar Romanos 6:4-8. Aos mesmos a quem é oferecida a graça é ainda pedido que neguem os caminhos do pecado João 8:11; Romanos 6:15. Se, em vez de obedecermos a Deus, obedecermos a Satanás, que esperança nos resta? Jesus dizia solenemente que ser Seu irmão é fazer a vontade do Seu Pai, porque d'Ele mesmo afirmava: “...não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou” João 5:30.

Nas secções seguintes exploraremos a Bíblia juntos, através de uma série de perguntas. Leia os textos bíblicos propostos para encontrar as respostas.

Mais do que uma história

Que manifestação de amor pede Jesus aos Seus discípulos?

Leia João 15:10 e escolha a afirmação verdadeira de acordo com o texto bíblico.

Amor e gratidão sempre foram os fundamentos da vontade de Deus para que o Homem guardasse os mandamentos que Ele estabeleceu. Em sentido contrário, sempre foi vontade expressa do inimigo que o Homem quebre os mandamentos e desconsidere a vontade de Deus. Jesus sabe e conhece o caminho da salvação João 14:6. Ele é o supremo exemplo para o Cristão. Viveu na obediência aos mandamentos de Deus Mateus 5:17-19; Mateus 19:17, e, como Ele viveu e venceu, devemos nós viver e vencer! 1 Pedro 2:21; 1 João 2:6; 1 João 5:3.) Mesmo se Deus tem o mundo inteiro como alvo do Seu amor Efésios 2:1; João 3:16, não é possível alguém submeter-se livremente à vontade de Satanás e, ainda assim, permanecer no amor, na misericórdia e na graça de Deus João 3:36. Estes dons supremos não deixam de estar acessíveis, mas, longe da perfeita vontade de Deus, ninguém pode usufruir da bênção que eles representam. Segundo o ensino de Jesus, se queremos permanecer no amor de Deus, não há alternativa; temos de viver em obediência à Sua vontade e aos Seus mandamentos.

Mais do que uma história

Mas amar Deus e o próximo não é suficiente para evitar que seja necessário obedecer à Lei de Deus?

Leia Mateus 22:36-40 e preencha os espaços.

“Mestre, qual é o mandamento da lei? E Jesus disse-lhe: o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem a e os profetas.”
Mais do que um conjunto de ordens negativas e limitativas, a Lei de Deus é, na sua origem, um convite ao amor. Não podia, aliás, ser de outra forma, uma vez que a Lei é o perfeito reflexo do caráter de Deus, e Deus é amor 1 João 4:8. Refletir o caráter amoroso de Deus é a essência da própria vida cristã, e, por isso, Jesus afirmou que do amor a Deus e ao próximo depende toda a revelação escrita, a Lei e os profetas. Assim, a Lei manifesta-se na vivência de um relacionamento. Se a Lei fosse simplesmente um “não fazer”, até os mortos guardariam a Lei, e se a fé cristã pudesse ser comparada a uma total inação, então algo estaria muito errado. Ao contrário, ser seguidor de Cristo é amar onde todos deixam de amar Mateus 5:38- 48, porque aquele que ama Deus, e usando alguns exemplos apenas, não terá outros deuses; não se curvará diante de ídolos e imagens de escultura; não usará o nome de Deus em vão. E aquele que ama o seu próximo não o matará; não dirá falso testemunho sobre ele; nem cobiçará o que é seu (Romanos 13:10). Conhecer e amar Deus de todo o coração impele-nos à obediência à Sua Lei, nunca o contrário 1 João 2:3-6.

Mais do que uma história

Tal como a graça em Cristo Jesus, a Lei tem o seu lugar na vida do Cristão?

Leia 1 Timóteo 1:8 e preencha os espaços.

“Sabemos, porém, que a lei é , se alguém dela usa .”
A Lei é santa, justa e boa Romanos 7:12, e tem o seu lugar na vida do Cristão. Sempre que for vivida na presença e no poder de Deus, a Lei será uma bênção. Pode, ainda as- sim, ser usada ilegitimamente, e o exemplo mais relevante desse uso ilegítimo é o legalismo. Em Cristo, podemos compreender com clareza a diferença entre obediência e legalismo. Jesus viveu uma vida de obediência à Lei de Deus, ou seja, viveu de acordo com a vontade de Deus, mas nunca o fez de forma legalista, porque nunca desviou os Seus olhos de Deus. Obediência a Deus é guardar os Seus mandamentos por amor a Ele e em reconhecimento de tudo quanto fez por nós. Legalismo é guardar a Lei com o propósito de comprar, merecer ou ganhar a salvação. Esta atitude minimiza e despreza os méritos de Cristo na cruz Gálatas 5:4. Não podemos por nós mesmos ganhar ou merecer a salvação, nem mesmo por meio de uma exemplar obediência à Lei. Se isso fosse possível, a morte de Jesus era desnecessária Gálatas 2:21. A nossa melhor justiça é desprovida de valor Isaías 64:6, e a Lei não pode conceder-nos vida nem justiça Gálatas 3:21. Só em Cristo, por meio da Sua morte, obtemos os méritos da salvação. É n'Ele que temos salvação e perdão dos pecados 1 Pedro 1:18; 1 Pedro 2:24; e Efésios 1:7. Em alternativa, outros desprezam a Lei e os seus princípios, afirmando que, tendo a fé, a lei moral é de nenhum uso ou de nenhuma obrigação. A Bíblia é esclarecedora. Um discípulo de Cristo não guarda a Lei para obter a salvação, nem vive em desobediência à Lei. Vive à luz das palavras de Jesus: “qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão” João 12:50. Em gratidão à Sua salvação, oferecida pela graça João 14:15, como não viveríamos de acordo com a Sua vontade? Como diz o Salmista: “muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço” Salmos 119:165.

Mais do que uma história

Guardar os mandamentos de Deus não é desprezar a salvação pela graça, por meio da fé em Cristo Jesus?

Leia Romanos 3:31 e preencha os espaços.

“Anulamos, pois, a lei pela ? De maneira nenhuma! Antes, a lei.”
A promessa do Salvador vem do Éden Génesis 3:15, mas o Soberano Deus, na Sua Sabedoria, esperou pela “plenitude dos tempos” para enviar o Seu Filho Gálatas 4:4. Durante sensivelmente 4000 anos, e apesar do sangue dos animais não poder remover pecados Hebreus 10:4, o povo de Deus via, pela fé, no sangue derramado do animal inocente, o sangue do Messias que viria. Assim, mesmo no Antigo Testamento, o perdão e a salvação não se encontravam no Homem, nem eram resultado da obediência à Lei de Deus. O perdão e a justiça vinham de Deus Salmos 4:1; Jeremias 23:6 e eram aceites pela fé Hebreus 11. Com a vinda do Messias, como Cordeiro de Deus, e com a Sua morte na cruz do Calvário, uma mudança teve lugar, mas não foram os Dez Mandamentos de Deus que mudaram. Eles continuam a revelar a vontade de Deus, a apontar o pecado e a ser uma norma de vida para os fiéis. As cerimónias do templo envolvendo os animais e os sacrifícios que apontavam para o Messias prometido, esses sim encontraram o seu cumprimento em Cristo e deixaram de fazer sentido. O conceito de que, no Antigo Testamento, o povo era salvo pela obediência à Lei e, no Novo Testamento, pela graça, através da fé em Jesus Cristo, não é bíblico. Na Nova Terra, não haverá uns “salvos pela graça” e outros “salvos pela lei”. Desde a queda no Éden a esperança da salvação está no Messias prometido Génesis 3:15. Deus instituiu um plano perfeito Salmos 18:30, e se, desde então, a condição do Homem pecador permanece inalterável, e em Deus “não há mudança nem sombra de variação” Tiago 1:17, porque haveria Ele de mudar o que foi anunciado e estabelecido desde o Génesis? A fé não se pode opor à Lei, porque, se a fé anulasse a Lei, o pecado deixava de existir Romanos 3:20; Romanos 4:15; Romanos 5:13 e Romanos 7:7. E, se não há pecado, não há pecador. Se não há pecador, não há necessidade de um Salvador, nem da Sua graça! Antes ou depois do Messias, o justo viverá pela fé Habacuque 2:4, porque, antes ou depois do Messias, sem fé é impossível agradar a Deus Hebreus 11:6.

Mais do que uma história

Será que a Lei foi guardada por Cristo em nosso lugar, e, por isso, não precisamos mais de guardar a Lei?

Leia Gálatas 3:13 e preencha os espaços.

“Cristo nos resgatou da maldição da , fazendo-se por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.”
Se fosse verdade que estamos livres da obrigação de obedecer à Lei, porque ela foi abolida, isso provaria que a Lei não é assim tão sagrada. Se não é assim tão sagrada, a sua penalidade não é assim tão grave. Então, porque não anulou Deus a Lei antes da morte de Cristo, evitando este tremendo sacrifício? Ou, porque não perdoou simplesmente o pecador? Deus não o fez, porque a Sua sagrada Lei Romanos 7:12 não pode ser abolida e, como não tem “ao culpado por inocente” Naum 1:3, a desobediência à Lei não pode ser desculpada. Assim, Cristo não guardou a Lei no nosso lugar, nem tão pouco veio anulá-la ou aboli-la. Não necessitamos de uma Lei diferente, mas de um coração, de uma mente e de uma natureza que têm prazer na obediência Hebreus 8:10; Romanos 7:14-16; Romanos 7:25; Hebreus 8:10. Judeus ou Gentios, todos estamos sob o privilégio e a obrigação de viver de acordo com a Lei de Deus Números 9:14; Eclesiastes 12:13; Mateus 19:17; 1 Colossenses 7:19. A maldição da Lei não é a existência e o conteúdo da Lei. A Bíblia ensina que as maldições advêm da desobediência à vontade de Deus Deuteronómio 28. Na cruz, a ira de Deus contra o pecado caiu sobre Cristo Isaías 53:6, Isaías 53:10 e por isso Ele Se fez maldição. O contexto das palavras do apóstolo Paulo são as palavras do livro de Deuteronómio: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo!” Deuteronómio 27:26. Fica claro, portanto, que a maldição não é a Lei, mas a pena imposta por não cumpri-la. Todos os seres humanos são culpados de pecar, e, portanto, todos nós merecemos ser expostos como pecadores condenados e “amaldiçoados”. Ao ser crucificado como um criminoso, Jesus carregou toda a maldição – a vergonha pública e a pena de morte – que nós merecemos, e foi assim que nos resgatou da maldição da Lei. Não a cumprindo em nosso lugar, nem nos isentando da obediência, mas assumindo a culpa que sobre nós recaía precisamente pela falta de andarmos de acordo com os seus preceitos.

Mais do que uma história

Todos os Dez Mandamentos refletem a vontade de Deus ou algum deles é menos importante ou foi abolido para os Cristãos?

Leia Tiago 2:10-11 e preencha os espaços.

“Porque qualquer que guardar toda a lei e em um só ponto tornou-se culpado de . Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito da lei.”
A Bíblia não deixa margem para haver dúvidas sobre o valor dos Dez Mandamentos. Eles são uma lei moral, eterna, escrita pelo dedo do próprio Criador, e refletem, por isso, os princípios que orientam o governo de Deus. Quebrar qualquer um dos mandamentos de Deus é, então, moralmente equivalente a quebrar todos eles, pois coloca em causa a soberania do Seu Autor. COMO JESUS EXPLICAVA AOS SEUS DISCÍPULOS E À SUA FAMÍLIA, APRENDER A FAZER A VONTADE DE DEUS É UM ASSUNTO DE GRANDE IMPORTÂNCIA E QUE AFETA A NOSSA EXPERIÊNCIA DE FÉ DE VÁRIAS FORMAS.

A história na minha vida

Reconhecendo a bênção da obediência a Deus, qual deve ser o nosso maior objetivo ao procurar fazê-lo?

Leia Romanos 10:4; 1 Timóteo 1:5 e preencha os espaços.

“Porque o da lei é para justiça de todo aquele que crê.”
“Ora, o fim do mandamento é o de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma não fingida.”
É comum haver quem leia a palavra "fim", neste texto de Paulo, como uma referência à abolição da Lei. Essa leitura contradiz, no entanto, o próprio Jesus quando afirmou: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. (...) Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no reino dos céus” Mateus 5:17; Mateus 5:19. O sentido da palavra “fim” (Telos, na língua grega), no contexto destes dois versículos, é objetivo, propósito ou finalidade. Assim, o “fim” – o objetivo, o propósito ou a finalidade – do mandamento é conduzir-nos à experiência de um co- ração puro, de uma boa consciência e de uma fé não fingida. Da mesma for- ma, para alcançarmos a justiça (que a Lei não nos pode dar), o “fim”, o propósito ou a finalidade da Lei é levar- -nos a Cristo. N'Ele temos a justiça que a Lei não pode dar Gálatas 3:24, a liberdade da condenação Gálatas 3:23 e o acesso à vida em lugar da morte Romanos 6:23. Compreendemos, por isso, que o nosso maior objetivo na obediência à Lei não é a obediência como requisito, mas a comunhão com Jesus.

A história na minha vida

Entre guardar os mandamentos e estar na fé de Jesus temos de optar por um deles?

Leia Apocalipse 14:12 e escolha a afirmação verdadeira de acordo com o texto bíblico.

O verdadeiro povo de Deus não escolhe entre a fé e a obediência à Lei de Deus. Ambas são vividas e proclamadas pelos que são fiéis ao Senhor e têm o seu lugar no Plano da Salvação. Sem obediência, a fé é morta Tiago 2:14-26. Sem fé em Cristo, a obediência é a tentativa vã e infrutífera de buscar ganhar a salvação pelas obras Efésios 2:8-10.

A história na minha vida

Que implicações eternas estão em jogo quando se trata de fazer a vontade de Deus?

Leia Eclesiastes 12:13-14 e preencha os espaços.

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”
A essência do caráter de Deus, da Sua perfeita e soberana vontade, é o amor. Somos, assim, instados a viver de acordo com toda a Lei que vem do Seu coração. Por isso Jesus chamava “família” aos que compreendiam esta verdade e faziam a vontade do Pai. Pode ser que nunca venhamos a adulterar, ou a pegar numa arma para roubar e matar, mas quem sabe, nalgum momento, vamos desviar o olhar de um pobre mendigo que necessita de ajuda, invejar um amigo bem-sucedido onde nós falhámos, ou desprezar alguém que não suportamos por causa da cor da pele, da cultura, do status social, ou do temperamento diferente do nosso. Deus vê e regista a nossa conduta, Ele sabe o quanto buscámos firmar a nossa vida na Sua Palavra. Mas, mais do que um problema de ações erradas, somos pecadores no mais fundo da nossa natureza. Não há ação que possa mudar isso. Nada do que fizermos merecerá o favor de Deus. O que é oferecido pela graça Tito 2:11; Atos 15:11, não há obra Romanos 4:6; Efésios 2:9; 2 Timóteo 1:9, Lei Romanos 8:3 ou obras da Lei Romanos 3:20; Romanos 3:28; Gálatas 3:2; Gálatas 3:5; Gálatas 3:10 que possam conseguir. Se não nos esquecermos disso, saberemos sempre que a essência da obediência à Lei é estar com Cristo e fazer a Sua vontade. Com Ele e nos Seus méritos, poderemos estar diante do Pai e passar exemplarmente no “exame” de uma Lei tão santa quanto o Seu caráter Romanos 7:12. A compreensão de que somos peca- dores e merecemos a morte eterna é a mensagem desesperante da Lei de Deus. Felizmente, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus Romanos 8:1. Só Cristo pode libertar-nos da culpa, da penalidade e do poder do pecado. Para isso acontecer, devemos reconhecer a Sua soberania e submeter a nossa vontade à Sua, tal como revelada na Sua Lei e na Sua Palavra.

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