Lição 1 - O que é a Arqueologia Bíblica?

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(Imagem: Túmulo do Tutankhamon)

Introdução

Os fabulosos tesouros encontrados no túmulo do jovem faraó Tutankhamon suscitaram mais interesse do que qualquer outra descoberta da Antiguidade. Os objetos mais importantes do túmulo estão expostos em diferentes países. A história da descoberta do túmulo é quase tão impressionante como os próprios tesouros.

Qual é a ligação entre o túmulo de Tutankhamon e a Bíblia? Há algumas décadas, a descoberta de Ebla, uma antiga cidade da Síria datada dos tempos dos patriarcas, ou mesmo de antes, esteve nas primeiras páginas dos jornais. Alguns comentadores defendiam que havia uma ligação estreita entre esta descoberta e a Bíblia. Será verdade?

Descobrimos realmente as cidades de Sodoma e Gomorra? Como eram elas? Onde se encontra a Arca de Noé? Existirão argumentos fortes capazes de confirmar que Jesus realmente existiu? Faziam-se realmente sacrifícios de crianças nos tempos antigos? Eis algumas das várias questões e assuntos que iremos abordar nesta série de lições.

A arqueologia bíblica é um ramo da ciência que se desenvolveu rapidamente. O objetivo deste curso é mostrar de que forma a arqueologia nos países bíblicos clarifica e confirma as Santas Escrituras.

A arqueologia bíblica envolve, sobretudo, a região do Israel atual, a Jordânia, o Egipto, o norte da Arábia Saudita, o Líbano, o Iraque, a Turquia, o Irão, a Grécia e a Itália. Foi nesses países que se desenrolou a história bíblica. Para alguns, o Iémen (o Sabá bíblico), a Etiópia, o Sudão (o Cush bíblico), e a Espanha (a Tarsis bíblica) fazem igualmente parte do domínio dos estudos dos arqueólogos bíblicos. Mas a maior parte da história bíblica desenrolou-se na Palestina, em Israel e na Jordânia contemporâneos. Este curso irá focar, sobretudo, esta região, para estabelecer as ligações entre as diferentes descobertas e a Bíblia.

Qual o túmulo mais famoso da Antiguidade?

Selecione a resposta correta.

Escolha a opção que faz corresponder os locais atuais e aos seus nomes na arqueologia bíblica:

Sudão | Espanha | Cush

Selecione a resposta correta.

É a Bíblia fiável?

Uma das questões primordiais com a qual os crentes são frequentemente confrontados é: os factos do relato bíblico são reais? Muitos são aqueles que pensam que a história bíblica foi escrita por autores piedosos, de certo, mas que não se preocupavam com a sua exatidão histórica. Esta conceção da historicidade do relato bíblico foi aceite e ensinada pela maior parte dos cristãos eruditos no século XIX e princípio do séc. XX. A arqueologia bíblica foi um factor de grande importância para retificar esta visão.

À medida que avançarmos neste curso, o leitor compreenderá que muitos dos eventos descritos na Bíblia, estão neste momento confirmados com segurança. Os cristãos dispõem, de um fundamento mais sólido para a sua fé, graças às descobertas dos arqueólogos bíblicos.

(Imagem: Estação 9 do caminho da Via Dolorosa | Este da Cidade Antiga de Jerusalém - Israel)

A história da arqueologia bíblica

As primeiras iniciativas

De certa forma, foi a rainha Helena (255-330 d.C), mãe do imperador Constantino, que dirigiu a primeira expedição arqueológica ao ordenar escavações em Jerusalém na esperança de encontrar a cruz de Cristo. A célebre igreja do Santo Sepulcro, construída no local onde ela afirmou ter descoberto a cruz, é um monumento que relembra a sua perseverança. Este interesse pelos locais sagrados da Bíblia estendeu-se ao longo de toda a Idade Média.

Durante os dois séculos da sua presença na Terra Santa, os Cruzados procuraram localizar os locais sagrados. Logo que pensavam dispor de indicações suficientes, construíam monumentos nesses locais. Foi desta forma que o traçado da Via Dolorosa (o caminho das dores) foi definido em Jerusalém, para permitir aos peregrinos percorrer, por sua vez, o caminho que Jesus tinha provavelmente percorrido quando carregou a cruz. A investigação dos Cruzados para determinar o traçado exato da Via Dolorosa pode ser considerada como sendo arqueologia bíblica, mesmo que nenhuma escavação tenha sido feita.

Que rainha deu início à primeira expedição arqueológica?

Selecione a resposta correta.

Qual o traçado encontrado em Jerusalém pelos Cruzados?

Selecione a resposta correta.

(Imagem: Pirâmides de Giza - Cairo)

O começo

Só depois da campanha de Napoleão no Egipto, em 1798, é que se realizou um estudo mais sistemático envolvendo escavações. Foi nesta altura que foi descoberta a famosa Pedra de Roseta, a chave que permitiu decifrar os hieróglifos. As antiguidades que Napoleão trouxe para a Europa e expôs no Louvre suscitaram um enorme interesse pelas riquezas por descobrir no Próximo Oriente. Os grandes museus europeus enviaram representantes a fim de empreender escavações e trazer tesouros. As famílias ricas financiaram expedições na esperança de constituir uma coleção privada de objetos preciosos.

O inglês Lord Elgin, por exemplo, extraiu as métopes (ornamentos esculpidos entre os tríglifos dos frisos dóricos) do Pártenon sobre a Acrópole de Atenas, feitos em mármore pelos escultores gregos de maior renome, e encaminhou-os para Inglaterra. Hoje podem ser admirados no Bristish Museum. Este mesmo museu enviou A. H. Layard para as cidades assírias de Ninrode e Nínive a fim de procurar esculturas antigas.

Os arqueólogos modernos estão horrorizados pois em muitos casos, todos os elementos respeitantes a esses locais foram perdidos, de forma que não resta nada mais do que o valor artístico dos objetos. Assim, informações sobre o passado foram muitas vezes destruídas. Só contava a descoberta de objetos sensacionais. A arqueologia tornou-se, em grande parte, uma vulgar caça ao tesouro.

A pilhagem de antiguidades na Terra Santa atingiu o seu apogeu com a expedição de Parker na Palestina, no início do século XX. Montague Parker convenceu-se de que o livro de Ezequiel continha uma mensagem secreta codificada que revelava um local em Jerusalém onde estariam enterradas as fabulosas riquezas do rei Salomão. Parker mandou cavar valas por toda a parte, no centro de Jerusalém, destruindo inúmeros dados arqueológicos. Felizmente, um jovem especialista, Pere Vincent, que fazia parte da sua equipa, conseguiu salvar alguns materiais. Mas o tesouro de Salomão nunca foi encontrado!

Qual o grande achado arqueológico de Napoleão, que permitiu decifrar os hieróglifos?

Selecione a resposta correta.

Que achados arqueológicos podem ser vistos no Bristish Museum?

Selecione a resposta correta.

A contribuição da literatura clássica

A cultura europeia interessou-se profundamente pela literatura clássica grega e romana. Um certo Heinrich Schliemann, arqueólogo alemão, utilizou o texto da Ilíada para localizar e exumar a antiga cidade de Troia, na Turquia. Era a primeira vez que um texto da antiguidade permitia identificar um lugar histórico. Mas havia mais. As escavações no local ajudaram, por sua vez, a compreender melhor os eventos descritos por Homero. Muito rapidamente, os especialistas da Bíblia começaram a perguntar-se se não conseguiriam compreender melhor o que nela é descrito se empreendessem escavações nos locais bíblicos.

A dificuldade residia no facto de muito poucas cidades bíblicas terem sido localizadas com exatidão. Jerusalém não era evidentemente um problema, bem como Nazaré, Tiberíade ou Hebron. Estas cidades tinham permanecido habitadas sem interrupção desde os tempos bíblicos e tinham mantido o seu nome. No início do século XIX, pesquisadores, como o suíço Johann Burckhardt, que descobriu Petra, a célebre cidade vermelha no deserto da Arábia, começaram a anotar cuidadosamente os nomes e as particularidades das ruínas que descobriam.

O ano de 1833 marcou uma mudança revolucionária quando o teólogo americano Edward Robinson, um especialista em línguas semíticas, compreendeu que, seguindo certas regras linguísticas, era possível comparar o nome dos locais árabes com os antigos nomes bíblicos. Ele percorreu o país de lés-a-lés, tentando localizar as cidades da Antiguidade.

Informou-se sobre o seu nome árabe e tentou determinar de que cidades bíblicas se poderia tratar. Pensa-se que a contribuição de Robinson em questão de geografia da Palestina ultrapassa todas as outras contribuições anteriores, desde os Pais da Igreja até ao século XIX. O seu trabalho teve como resultado a localização de centenas de locais bíblicos e o agrupamento correto de numerosas peças do puzzle arqueológico...

Que texto utilizou Schliemann, para localizar a cidade de Troia?

Selecione a resposta correta.

Qual o nome da cidade vermelha no deserto da Arábia que foi encontrada no século XIX?

Selecione a resposta correta.

Que revolução arqueológica fez o teólogo E. Robinson?

Selecione a resposta correta.

As escavações

A prática das escavações começou por volta de 1860, quando Charles Warren foi enviado a Jerusalém pelo “Palestine Exploration Fund” a fim de aí efetuar escavações.

Outros se seguiram e, em breve, as descobertas sucederam-se, incluindo a da célebre estela de Mescha e a de uma inscrição, datada do tempo de Jesus, que proibia aos pagãos o acesso ao templo de Jerusalém.

Mas surgiu outro problema. Muitas vezes, os arqueólogos da época estabeleciam ligações com os eventos bíblicos sem dispor de provas suficientes. Assim, Warren descobriu um certo número de pedras cuidadosamente talhadas perto do local onde supunha ser a localização do templo de Salomão. Baseou-se no facto de a Bíblia dar muita atenção aos feitos de Salomão e destas pedras serem visivelmente de uma qualidade extraordinária. Hoje sabemos que Warren se enganou em quase 900 anos, e que estas pedras pertenciam na realidade ao templo que Herodes, o Grande, tinha mandado construir pouco antes do nascimento de Jesus (ver lição 5). Tínhamos manifestamente necessidade de um quadro cronológico.

Em 1890, o arqueólogo britânico Flinders Petrie deu origem a uma nova revolução no meio da arqueologia bíblica. Aquando das escavações em Tell el Hésy, a sudoeste de Jerusalém, a sua atenção voltou-se para milhares de peças de cerâmica. Os arqueólogos anteriores tinham posto de lado esses objetos aparentemente sem interesse. Petrie, ao contrário, anotou escrupulosamente o local onde eles foram encontrados. Assinalou as características diferentes e concluiu que essas peças podiam servir de chave para datar as descobertas arqueológicas.

Nos anos 30, a Universidade de Chicago lançou-se no projeto arqueológico mais ambicioso até então empreendido. Tratava-se de Meguido, a cidade ligada ao Armagedom no livro de Apocalipse. O objetivo era explorar todo o local, de alto a baixo, e não deixar nada para os exploradores que pudessem seguir-se. Apesar do considerável apoio financeiro da família Rockefeller, este ambicioso projeto teve de ser abandonado ao fim de algum tempo, por falta de dinheiro. A expedição foi bem sucedida mas, felizmente, grande parte do local de Meguido foi deixada para os arqueólogos posteriores. De facto, desde os anos 30, a ciência arqueológica evoluiu consideravelmente.

Uma evolução interessante ocorreu por volta de 1950, quando o célebre arqueólogo israelita Yigaël Yadin convidou voluntários para participarem nas escavações do forte herodiano de Massada, no deserto da Judeia, perto do Mar Morto. Estes voluntários estavam dispostos a pagar do seu bolso para participarem na aventura arqueológica.

Assim, sem obrigação de pagar aos trabalhadores, o custo desta campanha foi muito reduzido. Atualmente, todos os anos se realizam várias escavações em Israel e na Jordânia, em colaboração com voluntários.

Escavações de 1860 descobriram uma pedra importante, qual foi?

Selecione a resposta correta.

A que evento bíblico está associada a cidade arqueológica de Meguido?

Selecione a resposta correta.

(Imagem: Monte de Jericó)

A arqueologia moderna

Uma expedição arqueológica moderna é muito diferente das expedições do início do século XX. Em cada escavação, uma equipa de arqueólogos profissionais vigia os trabalhos e regista meticulosamente todas as descobertas, muitas vezes de forma informatizada. A maior parte dos colaboradores são voluntários, com pouca ou nenhuma formação arqueológica. São eles que efetuam as escavações e que fazem as descobertas.

Ao lado destes homens de primeira linha, os arqueólogos dispõem de uma equipa de especialistas que os ajudam a analisar os dados: os geólogos estudam as rochas e os sedimentos nos buracos e nas valas; os botânicos examinam as sementes das plantas que serviam de sustento; os antropólogos analisam as ossadas humanas ou de animais; os especialistas em cerâmica estudam os cacos encontrados; os informáticos gerem todos os dados obtidos; os teólogos determinam as ligações com o relato bíblico. Se a estas pessoas juntarmos outros colaboradores responsáveis por todo o tipo de tarefas, é fácil entender que uma expedição arqueológica seja comparável a uma universidade em escala reduzida.

A Bíblia e a arqueologia

Muitos dos nossos contemporâneos sabem hoje que a arqueologia bíblica confirma o relato bíblico em numerosos pontos. No entanto, ainda existem limitações e estabelecer a ligação entre as descobertas arqueológicas e os relatos bíblicos nem sempre é fácil.

O arqueólogo bíblico pode ter certezas relativamente aos seus achados; estabelecer a ligação com a Bíblia é uma questão bem diferente. Tem que reunir todas as provas de que dispõe e só se todos esses elementos convergirem poderá ser possível aventurar-se no sentido de uma interpretação precisa.

Que tipo de especialistas acompanham os arqueólogos e o que fazem eles?

Selecione a resposta correta.

Na arqueologia moderna, o que fazem os arqueólogos na equipa de trabalho?

Selecione a resposta correta.

(Imagem: Baixo relevo de um cocheiro antigo em mármore - famoso marco do período arcaico, Final do século 6 a.C. de Cyzicus (Erdek), Turquia)

Os textos escritos

Felizmente, a tarefa nem sempre é assim tão árdua, sobretudo quando há documentos escritos. Antes das escavações nos países bíblicos, a história bíblica era confirmada muitas vezes com recurso a fontes clássicas de literatura grega e romana como Heródoto, Xenofonte, Flávio Josefo e Plínio, o Jovem. Se bem que estes autores façam menção dos Babilónios, Sírios, Egípcios, Moabitas e outros povos citados na Bíblia, não relatam nada sobre os Hititas da Bíblia. Muitos cientistas do século XIX pensavam que os autores bíblicos tinham inventado este povo.

Graças à descodificação dos hieróglifos egípcios e da escrita cuneiforme mesopotâmica, foram descobertos textos que mencionam o país e o povo de Hati. Este povo estava localizado na região indicada pela Bíblia, ou seja, entre o Líbano e o rio Eufrates Josué 1:2-4. Uma equipa alemã empreendeu escavações na Turquia central, e descobriu Hattusa, a capital do vasto e próspero império Hitita. Agora, os Hititas deixavam de fazer parte de um mistério obscuro. Depois da destruição da sua pátria e da sua capital, em 1200 a.C., grupos de Hititas habitaram em diversas regiões da Síria e da Palestina, como está descrito na Bíblia. Já não havia lugar para o ceticismo: as escavações tinham confirmado a veracidade da Bíblia neste assunto.

O livro de Daniel descreve a cidade de Babilónia construída por Nabucodonosor. O rei tinha muito orgulho na sua construção. Pensava-se que Babilónia era obra de vários reis, ao longo de um vasto período. Nenhuma das fontes clássicas fazia referência às atividades de Nabucodonosor neste aspeto. Mas as escavações alemãs em Babilónia, sobre a direção de Koldewey, demonstraram que o impressionante sistema de muralhas, os palácios, os jardins suspensos, a célebre porta de Ishtar, o zigurate e muitos outros edifícios tinham todos sido construídos na mesma época, no início do século 6 a.C., precisamente a época do rei Nabucodonosor. Portanto, Daniel parecia estar mais bem informado do que se pensava…

Todas as fontes da Antiguidade que falam do fim do império babilónico mencionam Nabonido como sendo o último rei. A Bíblia, por sua vez, fala-nos de Belsazar, um nome inexistente nas fontes clássicas. Até ao dia em que foi encontrado um texto em escrita cuneiforme que descreve um episódio realmente interessante: perto do fim do seu reinado, Nabonido, último rei de Babilónia, deixou a cidade durante uma dezena de anos, para ir viver num oásis no meio do deserto da Arábia. O texto não diz qual o motivo. Mas, antes de partir, ele colocou o seu filho no trono como coregente. Um outro texto, encontrado um pouco mais tarde, especifica que Nabonido tinha um filho chamado Belsazar. Mais uma vez, a fiabilidade bíblica foi confirmada. Como coregente, Belsazar foi de facto rei de Babilónia.

Qual das seguintes fontes pertenceu à literatura grega clássica?

Selecione a resposta correta.

Que construções é que Koldewey demonstrou serem todas da mesma época?

Selecione a resposta correta.

(Imagem: Ebla, Síria | O local é mais conhecido pelos cerca de 20000 tabletes cuneiformes que foram encontrados aqui - tabletes de Ebla)

Descobertas em Ebla

Entre os anos 60 e 70, uma expedição italiana fez importantes descobertas na antiga cidade de Ebla, na Síria. Dezenas de milhares de tabletes de argila, datando do tempo dos patriarcas, foram descobertas. Muitos cientistas duvidavam da tese, hoje largamente aceite, de que os patriarcas viveram no decurso da primeira parte do segundo milénio antes da nossa era.

Os textos encontrados em Ebla, e datados da última parte do terceiro milénio antes da nossa era, concordam com muitos aspetos das histórias patriarcais tais como as podemos ler no livro de Génesis. Muitos nomes de patriarcas bíblicos são referidos nesses tabletes. É o caso do nome de Abraão. Não quer dizer que se trate do mesmo Abraão da Bíblia, mas prova, pelo menos, que o nome era utilizado na época. Juntemos a isso uma grande quantidade de indícios que permitem estabelecer um estreito paralelismo entre a cultura da época patriarcal, tal como é descrita na Bíblia e a testemunhada nos textos do início do segundo milénio antes da nossa era, encontrados na Mesopotâmia. Podemos, então, concluir que os relatos bíblicos referentes aos patriarcas descrevem realmente situações históricas.

(Imagem: Potes semelhantes aos que foram encontrados os rolos do Mar Vermelho | Qumran)

E a transmissão do texto bíblico?

Uma das críticas mais frequentes diz respeito à transmissão do texto bíblico. Seria impossível que este tenha chegado até nós intacto passados tantos séculos, uma vez que centenas de copistas participaram da re-transcrição dos manuscritos? Como podemos ter a certeza de que a nossa Bíblia relata corretamente o que os autores queriam transmitir? A descoberta dos célebres manuscritos do Mar Morto lançou uma nova luz sobre a história da transmissão dos textos e sobre o trabalho dos copistas.

Todos os manuscritos encontrados, exceto um, datam do primeiro e do segundo séculos antes da nossa era. São os manuscritos bíblicos mais antigos de que dispomos. Os textos destes manuscritos, alguns séculos mais recentes do que os originais, são extremamente semelhantes aos manuscritos utilizados pelos tradutores das nossas Bíblias atuais.

Há, portanto, muito poucas razões para duvidar da exatidão dos nossos textos bíblicos atuais.

A que época se referiam as descobertas na cidade de Ebla?

Selecione a resposta correta.

Que achados foram encontrados no deserto, que comprovam que as Bíblias têm sido corretamente traduzidas ao longo dos séculos?

Selecione a resposta correta.

Conclusão

Este breve resumo das ligações entre a arqueologia e a Bíblia confirma a fiabilidade da Bíblia. É muito raro poder apresentar provas, mas numerosos argumentos vêm explicar ou confirmar. As descobertas arqueológicas nunca virão substituir a fé. O centro da mensagem bíblica – a salvação em Jesus Cristo – não pode ser ilustrado pelas descobertas arqueológicas. Por sua vez, os dados históricos utilizados pelos escritores bíblicos para transmitir a história da salvação podem ser confirmados pela arqueologia. E da fé na historicidade dos eventos bíblicos à fé bíblica na salvação vai apenas um passo...

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