Lição 12 - O que os profetas disseram

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A história de Jesus

O que os profetas disseram

LUCAS 24, ARC

v. 13 E eis que, no mesmo dia, iam dois deles para uma aldeia que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.

v. 14 E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.

v. 15 E aconteceu que, indo eles falando entre si e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles.

v. 16 Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.

v. 17 E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes?

v. 18 E, respondendo um, cujo nome era Cleopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias?

v. 19 E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;

v. 20 e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte e o crucificaram.

v. 21 E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.

v. 22 É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro;

v.23 e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.

v.24 E alguns dos que estavam connosco foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém, não o viram.

v.25 E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!

v.26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?

v.27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.

A história à Lupa

Lucas 24:13-20 “Jesus, o Nazareno, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo.”

Com os olhos como que fechados Lucas 24:16, estes dois discípulos de Jesus caminhavam em direção a Emaús, a cerca de 12km de Jerusalém, mas não reconheceram Jesus, que Se juntou a eles. Jesus podia ter-Se dado a conhecer, mas a emoção que experimentariam quando O reconhecessem Lucas 24:32-33 ter-lhes-ia impossibilitado a aprendizagem que lhes foi tão proveitosa. Teria impossibilitado a maravilhosa experiência que estavam prestes a viver, e que ainda hoje nos pode ser muito útil. Alguns Cristãos ou mesmo algumas denominações desconsideram o Antigo Testamento, colocando toda a sua enfâse no Novo Testamento, mas as Sagradas Escrituras são um todo indivisível, e os livros foram organizados no que chamamos Novo e Antigo Testamentos, foram inspirados rigorosamente da mesma forma pelo Espírito Santo 2 Pedro 1:21, e são indispensáveis à nossa caminhada com Deus 2 Timóteo 3:16-17.

A história à lupa

Lucas 24:21 “Esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso...”

Todos sabemos que, na vida, muitas vezes, quanto maior a expectativa, maior a desilusão. No caso dos discípulos, o desconhecimento do que profeticamente estava anunciado no Antigo Testamento sobre o Messias levou-os à angústia e deceção. Agora os homens a caminho de Emaús diziam: “esperávamos que fosse ele o que remisse Israel”, cegos para a grandeza da redenção que acabavam de testemunhar. O conhecimento das Escrituras do Antigo Testamento teria dissipado tudo isso, como depois se verificou quando o Mestre os ajudou a entenderem o que estava escrito Lucas 24:25-27, Lucas 24:33, Lucas 24:44-46. Uma fé em Cristo que não esteja firmemente enraizada nos ensinos da Bíblia será sempre sacudida e facilmente destruída, quando a dúvida “subir” ao coração.

A história à lupa

Lucas 24:22 “É verdade que algumas mulheres nos maravilharam.”

Nem o relato das mulheres e a ida de alguns para constatar o sepulcro vazio foram suficientes para trazê-los do desespero para a esperança Lucas 24:22-24. Quão diferente teria sido, se tivessem o conhecimento bíblico necessário. Em vez de motivo de desilusão, a morte de Jesus teria sido uma grande confirmação da sua fé. Ainda que pareça um paradoxo, a mesma crucificação que destruiu as esperanças dos discípulos em Jesus como Messias proporcionou a José e a Nicodemos uma prova convincente dessa grande verdade. Foi logo após a Sua morte e ainda antes da ressurreição que os seus testemunhos da fé em Jesus se tornaram públicos João 19:39-42.

A história à lupa

Lucas 24:25 “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!”

O que anunciaram os profetas sobre o Messias? Está a nossa convicção de que Jesus é o Messias prometido bem firme nas Sagradas Escrituras? Muitos ainda hoje, mesmo crendo nos profetas, resistem à ideia de que Jesus é o Messias de Deus. Não precisamos de hesitar! As coisas que Deus revelou aos profetas “estão escritas para aviso nosso” 1 Coríntios 10:11.

Mais do que uma história

PODEMOS HOJE ESTAR SEGUROS DE QUE A EXISTÊNCIA DE JESUS NÃO SE TRATA DE UMA LENDA, COMO TANTAS OUTRAS. SÃO VÁRIAS AS FONTES, DE DIFERENTES ORIGENS, NÃO BÍBLICAS, QUE ATESTAM A HISTORICIDADE DE JESUS. VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS:

– Luciano de Samósata, escritor grego nascido por volta do ano 125 d.C.. Escreve ao criticar Cristo e os Cristãos: “Os Cristãos, como sabes, adoram um Homem até hoje – o Personagem distinto que introduziu os Seus rituais insólitos e foi crucificado por isso”, “foi incutido neles pelo Seu Legislador original que são todos irmãos, desde o momento em que se convertem, e vivem segundo as Suas leis. Tudo isso adotam como fé, e como resultado desprezam todos os bens mundanos, considerando-os simplesmente como propriedade comum” (Death of Pelegrine 11-3).

– Flávio Josefo, historiador judeu, nasceu em 37 ou 38 d.C.. Num verso polémico afirma: “Por esse tempo apareceu Jesus, um Homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos Judeus e pessoas de outras nações tornaram-se Seus discípulos. Pilatos condenou-o a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram Seus discípulos pregaram a Sua doutrina. Eles afirmam que Jesus lhes apareceu três dias após a Sua crucificação e que está vivo. Talvez Ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas” (Antiguidades Judaicas XVIII, 3).

– Plínio Segundo, Governador da Bitínia, na Ásia Menor. Numa carta ao Imperador Trajano, em 112 A.D., afirmou ter matado um grande número de Cristãos, e a respeito deles acrescentou: “Tinham o hábito de se reunir em dia determinado antes do amanhecer; cantavam um hino a Cristo, em estrofes alternadas, como se fosse a um deus, e faziam o juramento solene de não praticar o mal e nunca negar a verdade quando interpelados” (Epístolas 10:96).

– Tácito, historiador romano, nasceu por volta de 52 a.C.. Foi Senador em Roma e um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, referiu-se aos Cristãos como supersticiosos e “nomeados a partir de Christus” (palavra latina para Cristo), de Quem escreveu: “Sofreu a penalidade máxima nas mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério” (Anais, livro XV, parágrafo 44).

– Apesar de, durante séculos, alguns eruditos no Judaísmo tentarem negar ter sido Jesus crucificado por decisão de um tribunal judaico, e alguns até mesmo a própria existência histórica de Jesus, num relato essencialmente propagandista contra o Cristianismo e contra Jesus, existe uma afirmação clara que diz: “Foi ‘julgado’ por um tribunal judaico e foi executado na véspera da Páscoa”. Num jogo de palavras, ainda se dá a Jesus o título de “Jeshu ben Pandera”, ou seja, Jesus, “filho de uma virgem” (Talmude de Babilónia – Tratado Sanhedrin, capítulo 6, 43a).

Mais do que uma história

COM BASE EM DOCUMENTOS COMO ESTES, ALIADOS AO RELATO DO NOVO TESTAMENTO, PODEMOS AFIRMAR A VERDADE HISTÓRICA DA SUA EXISTÊNCIA, MAS, PARA LÁ DE FACTOS HISTÓRICOS, QUEM É REALMENTE JESUS?

As Sagradas Escrituras do Antigo Testamento falavam desde muito cedo da promessa do Ungido de Deus, o Messias. Para que o Seu povo pudesse crer e preparar-se, centenas de revelações foram feitas pelos profetas de Israel, que deveriam cumprir-se no Messias. As profecias do Antigo Testamento não foram acrescentos modernos ou posteriores ao seu cumprimento, numa espécie de encenação profética. Sobre isto não precisamos de ter qualquer dúvida; as evidências são claras. Podemos a este propósito referir a tradução das Escrituras chamada Septuaginta, uma versão da Bíblia Hebraica traduzida para a língua grega, a partir do Séc. III a.C.. Uma obra que só pôde ser feita depois de o Antigo Testamento já estar completo e foi completa e usada muito antes de Jesus nascer e viver. Neste contexto não podem ser esquecidas as descobertas das grutas de Qumram, em 1947, que revelaram rolos com trechos e livros completos dos profetas do Antigo Testamento, datados do segundo e até do terceiro séculos antes de Jesus ter vivido. Temos, por isso, evidências inequívocas de as profecias sobre o Messias, que se cumpriram de forma incrivelmente exata em Jesus, terem sido reveladas várias centenas de anos antes de Cristo ter nascido. Mas que profecias são essas? Como podemos verificar a exatidão do seu cumprimento? Vamos fazer o exercício mais simples, mas mais revelador que pode ser feito: colocar em clara evidência a profecia revelada no Antigo Testamento, e o momento do seu cumprimento na vida do Messias no Novo Testamento. Para tal, citamos os textos em que pode ser verificada a perfeita harmonia entre revelação e cumprimento. Mas vamos elevar a fasquia de dificuldade e fazê-lo exclusivamente para profecias que se tenham cumprido nas últimas 24 horas da vida de Jesus, que O levaram à morte. Teriam os profetas revelado com exatidão mais de vinte detalhes desta amarga experiência para Jesus, mas que nos abre as portas da salvação do pecado?

A história na minha vida

Não podendo colocar em causa a existência histórica de Jesus, muitos reduzem-n'O a um “grande Mestre”, um “Homem sábio” ou até a um “profeta de Deus”, negando assim a Sua identidade como Emanuel – Deus Connosco – e Aquele de Quem foi revelado ser “o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, e que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigénito do Pai” João 1:1, João 1:14.

Diante de tão tremendas revelações, não podemos escolher o que queremos que Jesus seja. Podemos rejeitar ver e crer nas evidências, ou aceitar o que está revelado. Ou Jesus é tudo o que disse e o que a profecia revela, ou, então, não é nada. C. S. Lewis, célebre autor e apologeta cristão, agnóstico na sua juventude, resumiu a questão a duas possibilidades diante da revelação da Bíblia sobre Jesus e sobre o que Ele afirmou ser:

1a hipótese: As Suas alegações são falsas! Se não sabe que são falsas, é um lunático, alienado da realidade. Se Ele sabe que não é nada do que afirmou, então defraudou, mentiu e agiu hipocritamente. De uma forma ou de outra, uma vez que morreu por tudo isto, é um louco e, neste caso, a realidade desqualifica-O como profeta ou mesmo como um grande Mestre.

2a hipótese: As Suas alegações são absolutamente verdadeiras! Então Ele é muito mais do que um profeta ou Mestre. É Deus, feito homem! A Sua morte na Cruz foi uma dádiva de salvação ao mundo inteiro. Diante disso temos uma posição a tomar: aceitamos ou rejeitamos a dádiva da Sua vida. Muitas outras profecias bíblicas não puderam ser incluídas neste estudo, mas as revelações partilhadas atestam de que Jesus Cristo é o prometido Messias de Deus. O Messias veio “cumprir" Mateus 5:7 o que d'Ele estava escrito na “Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" Lucas 24:44 e, por isso, Ele mesmo afirmou que são as Sagradas Escrituras que d'Ele testificam João 5:39-40, João 5:46-47.

A história na minha vida

Que grande promessa foi feita aos que reconhecem Jesus como o Messias de Deus e crêem n'Ele?

Leia João 20:30-31 e preencha os espaços.

“Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais em seu nome.”

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