Lição 5 - Está Consumado!

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A história de Jesus

Está Consumado!

JOÃO 19, ARC

v.16  Então, entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus e o levaram.

v.17  E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,

v.18  onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

v.19  E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.

v.25  E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.

v.26  Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

v. 27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

v. 28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

v. 29 Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.

v. 30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

A história de Jesus

João 19:16-19 Entregou-lho, para que fosse crucificado.

Apesar de compreender que as acusações contra Jesus eram mal-intencionadas Marcos 15:10 e que era, portanto, inocente Mateus 27:19; João 18:38, Pilatos não teve a coragem de se impor e de fazer o que era correto. Pilatos sabia que, se libertasse Jesus, não poderia conservar as suas posição e honra João 19:12, por isso preferiu condenar um inocente. Ao entregar Jesus João 19:16, qualquer esperança que se fizesse justiça foi lançada por terra, pois os dirigentes ali presentes estavam sedentos de sangue. Ao lavar as mãos, Pilatos não se livrou de ter de prestar contas pela morte de Jesus.

A história de Jesus

João 19:25-27 Cuidou até morrer.

No Próximo Oriente, tratar a mãe como mulher era um trato comum e respeitoso. Mesmo no meio da agonia da morte, Jesus preocupou- -Se com os outros. Entregou a Sua mãe ao cuidado de João e João ao carinho e ao amor de Maria, Sua mãe. Quando José e Maria levaram Jesus ao templo de Jerusalém para ser circuncidado, encontraram ali Simão e Ana. Simão disse a Maria que uma espada traspassaria a sua própria alma. Agora, ali na cruz, Maria compreendeu o significado dessas palavras Lucas 2:35.

A história de Jesus

João 19:16-18 Crucificação – facto histórico.

Quando alguns trabalhadores num bairro do Norte de Jerusalém, chamado Giv'at ha-Mivtar, descobriram restos mortais dentro de um túmulo antigo, estavam longe de imaginar a sua descoberta. Arqueólogos do Departamento de Antiguidades de Israel examinaram o conteúdo e descobriram que eram os restos mortais de alguém que tinha sido crucificado no século I, de forma similar ao que aconteceu com Jesus, tornando-se assim numa referência para as crucificações praticadas na Antiguidade.

A história de Jesus

João 19:18 Morte lenta e dolorosa.

De todas as mortes por condenação, a de cruz era a mais desumana e bárbara. No Império Romano estava reservada aos escravos e estrangeiros culpados dos piores crimes. Elevados na cruz e completamente nus, os condenados ficavam à mercê das condições atmosféricas e à vergonha da exposição pública e da condenação. O processo da crucificação era lento e doloroso e podia demorar vários dias. Primeiramente açoitados, as suas carnes e os seus músculos eram rasgados e esmagados pelo chicote de couro com pedaços de ossos e bolas de chumbo. A sofrer dores excruciantes, com os órgãos internos a colapsar, estavam ainda sujeitos aos animais e às aves selvagens, sem que nada pudessem fazer para o evitar. Para respirar, enquanto tinha forças e suportava as dores resultantes do esforço, a vítima apoiava os pés e esforçava-se para elevar o corpo, a fim de conseguir uma insuficiente inspiração até, finalmente, ser vencida pela exaustão e pelo sofrimento crescente. O coração tentava com grande esforço compensar a falta de oxigénio, enquanto os pulmões acumulavam fluidos. Sem forças, e com os pulmões colapsados, a vítima em agonia sufocava lentamente.

Mais do que uma história

SE OLHARMOS PARA A CRUCIFICAÇÃO APENAS COMO UM CONJUNTO DE SUPLÍCIOS, ENTÃO MILHARES SOFRERAM O QUE JESUS SOFREU; MAS A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS É ÚNICA.

Nas secções seguintes exploraremos a Bíblia juntos, através de uma série de perguntas. Leia os textos bíblicos propostos para encontrar as respostas.

Mais do que uma história

Para lá da dimensão física, o que foi realmente responsável pela morte de Jesus?

Leia 1 Coríntios 15:3 e preencha os espaços.

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos , segundo as Escrituras.”
O salário do pecado é a morte, e, excetuando Jesus, todos pecamos e estamos sujeitos à morte eterna Romanos 6:23; Romanos 3:10; Romanos 3:23; Efésios 2:1. Felizmente, Jesus ofereceu-Se voluntariamente para morrer no lugar da Humanidade pecadora, e, por isso, os nossos pecados foram suportados por Ele João 3:16; João 12:27; João 10:17-18. Assim, ao olharmos para a cruz e para um castigo tão horrível, não é difícil dizer que Jesus morreu porque foi pregado numa cruz. Contudo, a Sua morte na cruz do Calvário não responde inteiramente à pergunta. Antes do Calvário ainda temos o Getsémani.

Mais do que uma história

O que experimentou Jesus no Getsémani?

Leia Mateus 26:37-38 e preencha os espaços.

“E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de até à ; ficai aqui e vigiai comigo.”
Como explicar esta experiência? Jesus foi sempre uma força e uma inspiração para os que se encontravam à Sua volta, mas agora a angústia que vivia era pior do que a morte. Não era o receio da morte em si mesma Mateus 10:28 que causava tal sofrimento. Era a angústia de levar sobre Si os pecados da Humanidade 1 João 2:2 e viver a experiência da eterna separação do Pai Celestial. Tudo isso porque o pecado é extremamente ofensivo a Deus e cria separação com Deus Isaías 59:2; Mateus 27:46. Ao receber sobre Si os pecados da Humanidade, Jesus passou por esta agonia. Para além do horror da cruz como instrumento de tortura e morte, o que tornou a crucificação de Jesus única e incomparável foi o peso espiritual de levar sobre Si o pecado do mundo inteiro. Quem poderia desejar uma morte assim? Mesmo Jesus não a desejava! Mas era este o meio de redenção da raça humana.

Mais do que uma história

Que evidência temos do quão difícil foi esta experiência para Jesus?

Leia Lucas 22:44 e preencha os espaços.

“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de que corriam até ao chão.”
As palavras nunca serão suficientes para descrever a angústia particular e única de Jesus. Chegou mesmo ao ponto de orar por três vezes para que d'Ele passasse aquele cálice Mateus 26:39, Mateus 26:42, Mateus 26:44. Por causa dos pecados do mundo inteiro, impossibilitado de sentir e de Se aperceber da presença do Pai e sem o apoio da presença dos discípulos, que dormiam Mateus 26:40, Mateus 26:43, Mateus 26:45, Jesus teve de responder a Si mesmo se aceitaria morrer por aqueles que agora dormiam, por aqueles que O trairiam, por aqueles que O negariam e que O levariam à horrível morte de cruz. Valeria mesmo a pena todo aquele sacrifício?

Mais do que uma história

Como caracteriza a Bíblia o amor de Jesus?

Leia Efésios 3:17-19 e preencha os espaços.

“Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Foi o amor de Cristo que O levou à cruz. Foi o amor de Cristo por cada um de nós, mortos nos nossos pecados, que O susteve para que não desistisse. Ele podia fazê-lo, mas o Seu amor pela nossa vida foi maior do que o amor que tinha pela Sua própria vida. Um amor que excede todo o entendimento e que é loucura e escândalo para tantos, mas que, na sabedoria de Deus, é salvação para a Humanidade perdida que crê em Jesus 1 Coríntios 1:23, 1 Coríntios 1:30. Se, no Getsémani, Jesus tem desistido, nunca teria havido cruz. Então, porque houve cruz para Jesus? Porque morreu Ele? O que foi que O matou? Foi o Seu amor por nós!

Mais do que uma história

Foi a morte de Jesus o fim da história de Jesus nesta Terra?

Leia Lucas 24:5-6 e preencha os espaços.

“E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o entre os mortos? Não está aqui, mas .”
Sabemos hoje pelas Escrituras que Jesus venceu e que, apesar da Sua morte na cruz, ao terceiro dia ressuscitou da tumba, vitorioso Mateus 28:5-7. Devemos lembrar, no entanto, que, ao enfrentar a morte, durante três dias, Satanás parecia ter vencido e frustrado o Plano da Salvação de Deus. Nada indicava a vitória de Jesus. Os Seus seguidores, envergonhados, tinham fugido e sido derrotados Lucas 24:17-21. Glória a Deus porque, quando Cristo ressuscitou, Satanás compreendeu que era afinal o seu reino que estava condenado e chegaria ao fim. Estava desmascarado nas suas intenções, e, no dia estabelecido por Deus, o inimigo e as suas hostes malignas receberão a justa recompensa dos seus atos e das suas escolhas: a morte eterna. Deus é vencedor!

Mais do que uma história

Terá sido a cruz do Calvário um arranjo de última hora da parte de Deus?

Leia Apocalipse 13:8 e preencha os espaços.

“… no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a do mundo.”
A cruz de Jesus no Gólgota não foi um plano de última hora, ou um escape de emergência. Foi a única resposta possível onde a justiça e o amor de Deus se unem perfeitamente. Prometida desde o Éden, é a esperança para todos desde então e até ao fim da história deste mundo. O que o Homem tenta fazer por si mesmo, sem sucesso, a graça redentora de Cristo manifestada na cruz pode realizar perfeitamente. Foi assim que a cruz, um símbolo atroz de sofrimento e de vergonha, se tornou, pela vitória de Cristo, no símbolo maior do amor de Deus. A maior graça concedida por Deus ao Homem foi Jesus ter-Se oferecido voluntariamente para morrer pelo pecado. Quem tem Jesus tem misericórdia, perdão e vida 1 João 5:12. Tal como Pilatos, mais cedo ou mais tarde teremos de responder à solene pergunta: “Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?” Mateus 27:22. Esta é uma pergunta universal da qual será requerida uma resposta individual. No Getsémani, Jesus pensou em cada um de nós, e, na agonia da cruz, Cristo, que representava toda a Humanidade pecadora, morreu pelos nossos pecados. Iremos crer e experimentar a salvação que Ele nos oferece?

A história na minha vida

Que possibilidades nos foram concedidas através da morte de Jesus pelos nossos pecados?

Leia 1 Pedro 2:24; 2 Coríntios 5:21 e preencha os espaços.

“Levando ele mesmo em seu os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes .”
“Àquele que não conheceu , o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos de Deus.”
Não existe maior ilusão na vida do que pensar que estamos no bom caminho e nos encontrarmos, afinal, perdidos Mateus 6:23. Hoje não faltam “mestres” advogando autoridade e até admiração por Jesus, mas que no fim nos propõem um outro caminho. “Mestres” que nos dizem que o mal, o pecado e o Diabo não existem. “Mestres” que nos dizem que a força do sucesso se encontra dentro de nós mesmos. São, no entanto, todos eles, uma ilusão, fruto da contrafação satânica à Palavra de Deus. A dádiva da morte de Cristo é perfeita e nela encontra se salvação para todo aquele que crê (Hebreus 9:26). Ali, o inocente pagou pelo culpado e o culpado pode viver pela inocência oferecida. Deste modo, podemos aproximar-nos confiadamente de Deus Hebreus 4:15-16, pois Cristo, e só Cristo, viveu sem pecar e morreu pelos pecados de um mundo que estava condenado. Só Ele tem a justiça de que necessitamos para chegarmos à presença do Soberano Deus.

A história na minha vida

No Plano da Salvação, quanto vale o que eu tenho de excelente em mim?

Leia Isaías 64:6 e escolha a opção verdadeira de acordo com o texto bíblico.

Para salvar a Humanidade pecadora, se houvesse alternativa à morte de Jesus, Deus tê-lo-ia revelado. Na realidade, o que temos de melhor não somente é insuficiente, como é também designado na Bíblia como “um trapo de imundícia”. É uma afronta ao plano perfeito de Deus. Pois toda a falsa religião apresenta um caminho alternativo ao de Deus, mas Cristo foi o primeiro a oferecer o perdão sem exigir sofrimento por parte do pecador. Nada do que o Homem possa fazer de excelente o fará merecedor da salvação. A salvação é por isso apresentada como uma dádiva gratuita e imerecida, e cada ser humano será salvo, se confiar no perdão e na misericórdia de Jesus. Será salvo ao crer que Jesus pagou a culpa dos seus pecados e que n'Ele encontra a justiça de que tanto necessita. Qualquer outra alternativa será uma ilusão desastrosa, porque “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” Atos 4:12.

A história na minha vida

Se a morte de Cristo é a única solução e suficiente para todos, porque haverá então perdidos?

Leia Romanos 1:16 e escolha a afirmação verdadeira de acordo com o texto bíblico.

Ainda que seja um plano perfeito, Deus não pode forçar a nossa aceitação. Oferecido a todos, só alguns o aceitarão e usufruirão Apocalipse 3:20-21.

A história na minha vida

Quais são então as duas alternativas de que dispomos?

Leia Mateus 7:13-14 e preencha os espaços.

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à , e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à , e poucos há que a encontrem.”
A destruição e a separação eterna de Deus serão a penalidade dos ímpios, mesmo se Jesus fez tudo a fim de que ninguém tivesse que viver tal experiência. Fê-lo ao sofrer por cada um deles na cruz do Calvário, mas, ao não aceitarem o plano de Deus, de forma natural e justa enfrentarão as consequências das suas escolhas. Por outro lado, haverá pecadores, igualmente imerecedores da salvação eterna, mas que serão salvos. Reconheceram a sua indignidade e desejaram viver uma vida longe da escravidão do pecado. Confessaram os seus pecados a Deus e confiaram que Jesus pagou na cruz o preço desses pecados, e, pela Sua intercessão, puderam receber a justiça que não tinham e poder para uma vida de obediência. Fiéis até ao fim, serão salvos em Jesus para a eternidade de um mundo perfeito Apocalipse 21:1-7; 1 Coríntios 2:9. A maior injustiça do Universo – a morte do inocente Filho de Deus por cada um de nós – tem sido em vão para tantos, mas não tem de ser assim para nós. Hoje, ainda podemos decidir e reafirmar a nossa decisão, ao escolhermos o caminho da vitória ao lado do Senhor Jesus. O caminho que conduz à vida está ao seu alcance! A morte de Jesus é a garantia dessa verdade libertadora.

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