Lição 4 - A sexualidade humana

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A sexualidade humana

Colocar a sexualidade humana como tema é escolher um assunto que não é fácil, e que costuma ser discutido de forma acalorada, e, muitas vezes, com pouco rigor e bom senso.

A questão é melindrosa porque, para alguns, a sexualidade é um assunto “tabu", pelo que não assumem uma discussão inteligente e aberta. Para outros, é apenas mais um meio de obtenção de prazer e gratificação instantânea pelo que o assunto é totalmente despido de valores. Por esta razão, está associada a enormes desgraças e comportamentos vis. Para outros ainda, a sexualidade está sempre encoberta pela moralidade, razão por que as conclusões serão sempre de negação. E ainda há os que apenas a toleram para fins procriativos.

Perante tantas possibilidades, vestidas com cambiantes tão distintos, toda e qualquer análise impõe que se seja muito claro na apresentação dos seus fundamentos e se faça uma escolha criteriosa da filosofia a seguir.

Acreditando que a humanidade é o resultado de um ato criador da parte de Deus, não poderemos considerar que a sexualidade foi uma invenção humana ou um “compartimento” obscuro, que Deus deixou passar por engano ou sem se debruçar sobre o mesmo. Em Génesis 1:26, pode ler-se: “Façamos o homem à nossa imagem…”, para depois, no versículo seguinte dizer: “homem e mulher os criou” e apresentar, em parte o objetivo desta criação, no verso 28, onde diz: “Frutificai e multiplicai-vos”.

Perante estas citações bíblicas, poderíamos ficar com a noção de que a sexualidade existe apenas com o objetivo da procriação. Se Deus teve o poder de criar tudo, também teria a possibilidade de criar os seres humanos sem que estivessem sujeitos ao padrão de género e, como consequência sujeitos à sexualidade. A única certeza que poderemos ter é que a sexualidade foi criada por Deus com objetivos muito concretos.

No capítulo 2 de Génesis, encontramos mais alguma luz sobre as razões por que a Criação foi o que foi. No versículo 18, Deus declara que “não é bom que o homem esteja só”. Era imperioso criar uma companhia específica para o homem, que partilhasse a sua natureza e não permitisse que a solidão se instalasse. Com a criação da mulher, foi conseguido esse objetivo.

Após a criação da mulher, que partilha em todas as suas facetas a natureza do homem, Deus volta a revelar mais uma nova dimensão que deve decorrer da vivência deste casal, como está expresso em Génesis 2:24 onde define que “serão os dois uma só carne”.

Somos assim transportados para uma dimensão não determinada pela vertente biológica relativa à procriação, mas para o domínio do mental, e do afetivo. Por esta razão, não é possível dissociar a sexualidade de tão grandes implicações mentais, espirituais e afetivas que enriquecem, condicionam e aprofundam a expressão mais conseguida de intimidade e compromisso, que se pode verificar na espécie humana.

Se biologicamente se assegura a perpetuação da espécie, segundo o plano de Deus a sexualidade deve abrir as portas da alegria e do bem-estar do casal. É interessante notar que esta intimidade no casal está ligada à gratificação que cada um pode proporcionar ao outro, através de uma dose imensa de prazer.

Os órgãos genitais, quer masculinos quer femininos, são dotados de uma concentração acrescida de terminações nervosas, que os tornam tão sensíveis e, ao mesmo tempo, tão bem apetrechados para produzir prazer. Desta forma se entende a extensão do plano divino para a sexualidade.

A sua abrangência

Muitos têm dito que o “principal” órgão sexual, tanto do homem como da mulher, é o cérebro. É através dele que se percebem os impulsos, se toma consciência dos estímulos que despertam o desejo e se definem as reações de resposta a esse mesmo desejo. E porque somos seres inteligentes e morais, não podemos aceitar que a sexualidade seja reduzida à dimensão de fatalidade incontrolável, mas elevamo-la até ao patamar das escolhas inteligentes mais sublimes que nos são permitidas.

A nossa sexualidade é também um dos principais fatores que moldam a nossa própria identidade, contribuindo para fazer de cada um aquilo que é em termos pessoais, e em termos das suas capacidades para se relacionar com os outros. A nossa vida depende dos nossos relacionamentos. A sua validade e o nível a que se situam, dependem também da forma como aceitamos e vivemos a nossa sexualidade.

Se ela é vivida apenas de acordo com a sua vertente biológica, ou com intuitos meramente lúdicos, os relacionamentos que construímos serão sempre despidos de respeito e afeto pelos outros e nunca poderão chegar a um nível superior, que nos levem a sermos capazes de gostar de nós próprios e dos outros. Será impossível ter respeito por quem apenas significa um meio de nos dar prazer, sem compromissos. Em vez de promover a felicidade, esse tipo de comportamento pode agravar a solidão e todas as suas consequências.

Quem foi o “inventor” da sexualidade?

Indique a(s) resposta(s) certa(s)

Assinale a(s) frase(s) verdadeira(s)

A sua aplicação… com valores

De acordo com os textos bíblicos que citámos, facilmente se depreende que o plano original de Deus reservava a expressão maior da sexualidade para o contexto do casamento. Ainda que os impulsos sexuais existam para além do casamento, esta reserva permite uma inteligente gestão dos mesmos, numa aprendizagem insubstituível de autocontrolo.

Ao longo dos séculos, a sexualidade foi levada para o campo do exercício do poder. Isto gerou lógicas e práticas desajustadas, como a ideia de que o homem, como detentor de maior forma física, tenta assumir o domínio, e impor a sua vontade e os seus desejos, sem considerar aquilo que a mulher possa sentir ou esperar.

Este desequilíbrio entre o que é a dignidade do homem e da mulher não decorre do texto bíblico. Quer no momento da Criação Génesis 2:18, quer ao longo do texto bíblico, tanto do Velho Testamento Provérbios 5:18-19 como do Novo Testamento 1 Coríntios 7:1-5, a sexualidade é apresentada como um dom de Deus, tremendamente valioso, que deve ser recebido com gratidão e plenamente desfrutado no casamento. A expressão sexual no matrimónio é retratada como saudável e honrosa ( Salmos 139:13-16; Cantares 4:10-16; Cantares 7:1-9; 1 Coríntios 6:19; Hebreus 13:4). Qualquer conceito pejorativo em relação à sexualidade no seu todo, não é sustentado pela Bíblia, assim como qualquer permissividade, no que concerne à aplicação da sexualidade fora dos valores bíblicos enunciados, também se afasta do modelo que devemos assumir, se anelamos colher os frutos do plano original do Criador.

Conclusão

A sabedoria da Bíblia não só nos permite compreender o modelo divino da sexualidade para a humanidade, como nos habilita a desfrutar das suas inúmeras vantagens. Ela permite-nos construir relacionamentos mais equilibrados, geradores de felicidade, e preventivos de solidão, ao mesmo tempo que nos defende em relação a imensas doenças vulgarmente conhecidas como sexuais. Numa relação fechada (apenas dentro do casamento), exclusiva (só com o cônjuge), e respeitadora da sensibilidade, desejos e necessidades de ambos os cônjuges, o resultado será um relacionamento profundo, maduro, gratificante e feliz.

Quem não gostaria de o ter?

Assinale a(s) frase(s) verdadeira(s)

A minha oração

Pai, compreendo que me criaste para ser feliz e desejo viver plenamente a minha sexualidade, da forma que tu a idealizaste.

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A sexualidade é, com frequência, um tema ainda tabu, mas é uma das principais expressões da intimidade do casal, o que a torna uma dimensão essencial no contexto deste estudo.

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